Política em um minuto – 08/03/2024
Nos corredores dos poderes o que se comenta é que o primeiro trimestre de 2024 não foi positivo para o deputado estadual do PSB Tyago Hoffmann. Segundo informações apuradas, o deputado sofreu quatro derrotas em seus planos e ainda teve que assistir de camarote seus “amigos” de governo comemorarem vitórias significativas.
Tribunal de Contas
O deputado estadual Tyago Hoffmann trabalhou muito nos bastidores para impedir que seu “amigo” Davi Diniz fosse indicado para o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES). Nos bastidores, Hoffmann tentou inflamar outros deputados contra Davi. A estratégia de Hoffmann deu errado e ele foi obrigado a assistir a indicação e eleição de Davi quase que por unanimidade.
Apenas dois deputados votaram contra Davi. As línguas maldosas comentam que os dois votos secretos contra Davi foram de Hoffmann e Zé Preto (PP). O deputado Tyago teria votado contra Davi para evitar a unanimidade e levado com ele seu escudeiro, o deputado Zé Preto.
Ministério Público
O deputado Tyago Hoffmann encabeçou a lista de articuladores da campanha do promotor Danilo Raposo Lírio para comandar o Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Essa ação do deputado desagradou a Procuradora-Geral de Justiça Luciana Gomes Ferreira de Andrade que apoia o promotor Francisco Berdeal como candidato. No melhor estilo Hoffmann de ser, ele procurou Luciana, negou estar por trás da candidatura de Danilo e jurou fidelidade a ela. Dizem que a mudança de Hoffmann se deve ao temor de que uma das muitas denúncias paradas na mesa de Luciana comece a tramitar.
Relembre o caso: https://www.realidadecapixaba.com/mpes-luciana-perde-apoio-e-base-lanca-promotor-danilo-raposo-para-sucessao/S: Luciana perde apoio e base lança promotor Danilo Raposo para sucessão
Assembleia Legislativa
A prova de fidelidade à Luciana foi o voto de Hoffmann contra a soltura do deputado estadual Capitão Assumção (PL). O pedido de prisão foi promovido pela chefe do MPES. Mas, esse voto de Tyago pode ter enterrado outro sonho dele: ser presidente da Ales.
Tradicionalmente o presidente da Ales é escolhido pela ampla maioria dos deputados e votar contra a liberdade do Capitão Assumção jogou Hoffmann contra uma boa parte dos deputados que compõe a bancada de direita. Se Hoffmann tentar se eleger presidente da Ales vai enfrentar forte rejeição dos deputados que apoiam Bolsonaro, o que inviabiliza seu nome.
PMV
Depois de assistir a vaga no TCE-ES ir para seu desafeto Davi Diniz, de ter que negar envolvimento na campanha do promotor Danilo ao MPES e de tornar inviável seu nome para o comando da Ales, Tyago Hoffmann deve sofrer outra derrota em breve.
Nos corredores do palácio circula a informação de que Hoffmann terá que retirar sua pré-candidatura a prefeito de Vitória e apoiar o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas. Segundo articuladores ligados ao palácio, sem Ramalho, que resolveu disputar a prefeitura de Vila Velha, Luiz Paulo é o nome escolhido para disputar e forçar um segundo turno na capital entre Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT).
Quem tudo quer …
Hoffmann quis ser conselheiro do TCE-ES, prefeito de Vitória, presidente da Ales e articulador político ao mesmo tempo. Se somarmos a isso o fato de ser o papagaio de pirata oficial do governador Renato Casagrande (PSB), vamos perceber que o deputado se esqueceu de um velho ditado: quem tudo quer nada tem.
Mudando de assunto
Tem cabo eleitoral no MPES que ganhou de presente um cargo para a namorada com salário superior a R$16.000,00. Uma fonte da Instituição disse que ela foi nomeada na reta final do prazo definido pelo artigo 359-G do Código Penal. A norma proíbe aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura:
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000).
O namorado chegou a colocar o nome para disputar a sucessão da Procuradora-Geral de Justiça Luciana Gomes Ferreira de Andrade, após racha interno do grupo, mas desistiu de última hora. Em paralelo, sua namorada foi nomeada em cargo comissionado. Não existe prova da relação da nomeação da namorada com a desistência da candidatura, mas que é estranho… é.
Como está a disputa?
A Procuradora-Geral já enfrenta uma dissidência com o chefe de gabinete Danilo Raposo Lírio disputando a chefia do MPES, apoiado pelo Desembargador Eder Pontes, ex-padrinho e antecessor de Luciana.
O quadro eleitoral com seis inscritos ficou péssimo para Danilo, cujo nome é pesado eleitoralmente. Nesse contexto, já há debandada daqueles apoiadores que acreditavam que Luciana poderia apoiar Danilo Lírio como nome de consenso da situação, algo que não aconteceu.
A Procuradora Luciana mostrou personalidade ao não aceitar ser tutelada pelo desembargador Eder Pontes. Ela, como já dito, lançou seu próprio candidato, o promotor Francisco Berdeal, seu secretário-geral, com o qual tem muita afinidade.