O Projeto Octo, original da Dinamarca, vem ajudando bebês recém-nascidos prematuramente a se sentirem mais seguros e confortáveis nas incubadoras das maternidades através de algo simples, eficiente e bastante fofo: polvos de crochê.
Ao se abraçarem no brinquedo, os nenéns remetem ao cordão umbilical através dos macios tentáculos dos polvos, e com isso retomam a segurança do útero materno. No Hospital Universitário de Aarhus, a equipe médica registrou melhoras nos sistemas cardíacos e respiratórios, além de um aumento no nível de oxigênio no sangue dos bebês que fizeram amizade com os polvos de crochê.
Já no Brasil, o projeto de utilizar o material no tratamento de prematuros internados na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal está em fase experimental nos Hospitais Regionais de Taguatinga, Ceilândia e Santa Maria, no Distrito Federal. As informações são da Agência Brasília.
No de Santa Maria o projeto está mais avançado. “Eles [os bebês] perderam o contato com o útero antes do tempo, e o objetivo é que o polvo os lembre esse ambiente”, explica a fisioterapeuta Ana Carolina Barros, que trabalha na UTI neonatal do hospital.
Até agora, seis crianças, das 18 internadas, receberam o bichinho. Quando têm alta, elas o levam para casa, com o intuito de que a mudança de ambiente não cause estranhamento.
Apesar de ainda não haver registro científico que ateste os benefícios da dinâmica, há relatos positivos de equipes que começaram a desenvolvê-la. O polvo acalma o bebê, com redução de sua frequência cardíaca e respiratória, e ajuda no ganho de peso.