Política em um minuto – 24/05/2019
Na tarde de segunda-feira (20/5), alguns dos envolvidos nos áudios que revelaram a “podridão” existente nos bastidores da política de Guarapari, concederam uma “seletiva” de imprensa e tentaram explicar que a prefeitura não tem envolvimento com os fatos contidos nos áudios. Vamos aos fatos:
1 – Os secretários envolvidos afirmaram que a prefeitura sempre foi contra a lei de eventos e que entrou na justiça contra essa nova lei.
A explicação é parcialmente verdadeira. Os áudios mostram que desde o início o vereador sabia que a lei seria vetada. O que os áudios comprovam é que o vereador apresentava dificuldades para vender as facilidades. Nesse sentido, a justiça precisa esclarecer se os secretários participavam criando as dificuldades ou se eram envolvidos pelo vereador.
2- Os secretários concederam a “seletiva” de imprensa dentro da prefeitura e disseram que não poderiam falar pelo prefeito.
Então, cadê o prefeito? Quem pode falar pela prefeitura? Será que o envolvimento de quatro secretários não são graves o suficiente para o prefeito se manifestar?
3- Os secretários disseram ainda que Edgar Behle não é secretário.
Os atos praticados pelo então secretário são responsabilidade de Edgar e do prefeito que sempre o colocou como seu “braço direito”.
Essas questões ainda não foram esclarecidas e novos fatos começam a aparecer. Em um dos áudios o vereador cita o então secretário do município de Guarapari Edgar Behle, “braço direito” do prefeito de Guarapari Edson Magalhães. No áudio, o vereador afirma que o secretário iria participar do esquema.
Na tarde de hoje, sexta-feira (24/5), nossa equipe recebeu um print que teria sido enviado pelo vereador a um dos empresários envolvidos no esquema. O print é de uma conversa do vereador com o secretário de Turismo na época, Edgar Behle. Na mensagem o vereador Dito pede que o secretário Edgar Behle segure o processo da casa de shows em Meaípe, com o objetivo de prejudicar os empresários do estabelecimento. Essa mensagem confirma que um almoço no restaurante Boqueirão foi realizado e que outro seria marcado.
Se comprovada a autenticidade dessa imagem a versão dos secretários que concederam a “seletiva” de imprensa de que nenhum secretário participou do esquema cai por terra.