quinta-feira, 21 de novembro de 2024 / 19:31
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Os vices de um candidato que diz não ser candidato

Coluna de Opinião

Ricardo Rios


Blaise Pascal, matemático, físico e filósofo francês é autor da famosa frase: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Isso quer dizer que às vezes tomamos decisões que não se podem explicar de forma racional. Simples? Nem tanto!

No campo da política isso acontece, e muito. Em Guarapari está para surgir um fato anômalo, mas, não inédito, que é a retirada de algumas candidaturas a prefeito em favor de uma outra, fazendo emergir uma provável polarização entre um candidato apoiado pela situação e outro da oposição.

As razões dessa submissão são desconhecidas da própria razão. Espera-se, apenas, que o candidato se alinhe às necessidades do povo e que trilhe pelo caminho do diálogo, deixando a suntuosidade do gabinete para sentir as temperaturas das ruas e não só aparecer em ordens e entregas de serviços, como faz o atual gestor da cidade.

Nesta linha, surge a corrida dos vices. Diversos nomes iniciaram seus movimentos no tabuleiro buscando a vaga de vice do candidato que diz não ser candidato. Ao contrário, em recente encontro com um Deputado Estadual afirmou não ser candidato. No entanto, suas recentes aparições em público, principalmente em ambientes religiosos, podem demonstrar um antagonismo às suas próprias palavras.

Essa candidatura se materializa na figura do megaempresário da Construção Civil, Rodolfo Mai (PP) que é a realização dos sonhos de Magalhães, que tentará emplacar alguém à concorrida vaga de vice. Paralelamente concorre o presidente da Câmara, Wendel Lima (PTB/MDB), que tem o melhor curriculum. Por fora, concorre Rosana Pinheiro (PSD), contando que uma mulher na vice é a aposta mais segura.

Aproveitando a forte relação comercial entre o cabeça pensante do PL e o candidato que se arvora como único, o PL desistiria de uma candidatura própria indicando um nome à vice. Numa via intermediária o PATRIOTA poderia indicar o ex-presidente da Câmara, Raimundo Dantas ou o vereador Leo Dantas, facilitando a disputa proporcional do partido.

Talvez o nome que cause menos problemas e preocupações seja Gedson Merízio (PODE), pelo seu perfil e pela longa experiência política. Já o PT não tem espaço nesta disputa, mas, a amizade de longa data entre esse candidato e a candidata do PT, deixaria os petistas fora do tatame da disputa.

Se é tão simples, por que a candidatura não é logo confirmada? Exatamente porque não é tão simples. Ora, ao abrir as asas para receber aliados a conta da estabilidade não fecha facilmente e aliança política não é coração de mãe, portanto, nem sempre cabe mais um.

Expor a candidatura agora anteciparia o processo, traria dissabores e desgastes antes da hora. A questão é que seu adversário restante e mais sólido, Rodrigo Borges (REP) está em campo todos os dias.

Segundo os bastidores, o anuncio da candidatura de Rodolfo Mai (PP), com o apoio de Magalhães está mais próximo do que muitos imaginam, resta saber se todas essas razões serão aceitas por ela, razão e por eles, eleitores.

O conteúdo do texto é exclusivo e de responsabilidade do autor

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