Durante séculos a mulher era estritamente do lar, subordinada ao marido, subordinada em suas relações e submissa a uma sociedade machista e patriarcal. Com o passar de pouco tempo esta mulher se viu obrigada a enfrentar o mercado de trabalho e competir lado a lado com os homens, enfrentando desafios imensos em busca do seu sustento e de sua família. Em muitos casos, a mulher acabou se vendo só com a morte de seu marido e com o abandono do lar por companheiros descomprometidos com a instituição família.
Por outro lado, o próprio descontentamento com sua condição e com o parceiro violento, usuário de drogas ou opressor levou a mulher a buscar o seu espaço. Ora, a única alternativa foi ir à “luta” e, corajosamente, ganhar espaço na sociedade, na administração pública e fomentar vários marcos legais de proteção à mulher, que tem a única finalidade de trazer isonomia de oportunidades, igualdade salarial e de dignidade entre homem e mulher.
Ocorre que quando a mulher percebeu que ela tinha renda, igualdade financeira e cultural do homem que estava ao seu lado, ela imediatamente começou a exigir que ele, o homem, também cuidasse da casa, dos filhos, que ele também dividisse as atividades do lar.
Este empoderamento que a mulher conquistou incomoda a muitos homens, já que aos olhos de alguns, infelizmente, isso ainda deveria ser atividade exclusiva da mulher, motivo este que ensejou muitos divórcios e fez uma crescente no Direito de família.
A mulher conquistou o mercado de trabalho, conquistou posição acadêmica e cientifica e não topa mais tolerar ser rebaixada dentro de sua própria casa. Ou o homem mudava os seus conceitos ou perderia a companheira.
Com isso, o número de divórcios cresceu muito pelo simples fato da mulher ter alcançado uma posição social, pelo fato da mulher ter poder econômico, ter poder financeiro e se tornar hoje protagonista em atividades inerentes à corrida pelo capital, a administração pública e na sociedade de modo geral.
Salve as mulheres, salve a igualdade e salve os seres humanos.
Advoga