Política em um minuto – 04/10/2023
Depois de dois mandatos bastante conturbados da atual Procuradora-Geral de Justiça Luciana Andrade, que assumiu publicamente a defesa de integrantes Governo do Estado em diversas ações e operações, o MPES começa a viver o seu período pré-eleitoral que, digamos, já está pegando fogo.
Conversas de bastidores dão conta que o Palácio Anchieta está acompanhando de perto as movimentações, que contam até com envolvimento de grandes peças do tabuleiro político capixaba.
Do grupo da atual Procuradora-geral de Justiça (PGJ), são dadas como certas as candidaturas de Francisco Berdeal (atual secretário da PGJ e preferido de Luciana Andrade) e de Danilo Raposo (atual chefe de gabinete da PGJ e preferido de outros setores e que tem sido visto em reuniões no Tribunal em conversas com aliados). Além deles, ainda são mencionados Elda Spedo (ex-PGJ e atual Sub-PGJ Administrativo), Josemar Moreira (candidato a outros anteriormente e atual Sub-PGJ Judicial), Alexandre Guimarães (atual Sub-PGJ Institucional) e Lidson Fausto (atual Diretor-Geral).
O grupo tradicional de oposição do MPES, por outro lado, já fincou a sua bandeira com a candidatura de Maria Clara Perim, anunciada através de meio de comunicação do estado, e em festa e eventos por ela organizados (ex-membro auxiliar na corregedoria nacional do MP e próxima do atual presidente do STF).
Outro nome forte no processo eleitoral é do atual corregedor-geral do MPES Gustavo Modenesi, muito ligado ao ex-PGJ e presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público (AESMP) José Maria de Oliveira Filho, que tem feito um bom trabalho.
Especula-se ainda as candidaturas dos ex-presidentes da Associação Espírito-Santense do Ministério Público (AESMP) Marcello Queiroz, Adélcion Caliman e Pedro Ivo, além do atual presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público, Leonardo Augusto, que venceu as últimas eleições de forma bastante convincente.
Outros nomes ventilados no cenário são de Carla Cola (ex-corregedora e atual conselheira superior do MP) e Maria Beatriz Murad (ex-chefe de gabinete e atual conselheira superior do MP), bastante respeitadas e sempre muito bem votadas nas últimas eleições do MPES, assim como o de Rodrigo Monteiro que, recentemente, teve excelente desempenho na candidatura ao CNJ.
O calendário do processo eleitoral será definido pela atual PGJ, que tem todo o interesse de manter o controle do MPES pelo seu grupo, que já domina o MPES por quase 12 anos, numa linha de forte aproximação com o governo estadual.
A posse será feita no dia 02 de maio do próximo ano, conforme previsão legal. Até lá, muitas águas irão passar neste rio que tem tudo para ser bem tormentoso. As cenas dos próximos capítulos prometem.
