O Ministério Público do Trabalho do Espírito Santo foi procurado pelas mulheres de Policiais Militares para fazer a mediação de uma negociação com o governo do estado. Uma reunião preliminar entre o movimento e representantes do governo foi iniciada por volta das 22h desta sexta-feira (24).
Há 20 dias, familiares de Policiais Militares se manifestam em frente a batalhões do estado em busca de melhorias para os PMs. O Espírito Santo teve o policiamento muito prejudicado durante sete dias, quando aconteceram diversos crimes. O governo chegou a declarar que não negociaria mais com os manifestantes até que todos os batalhões fossem desocupados.
Até a noite desta sexta-feira, foram registrados 199 homicídios no estado, segundo o Sindicato dos Policiais Civis. A Secretaria de Segurança Pública informou que, até as 22h30, o efetivo de policiais estava completo em 61 municípios e parcial em 17.
De acordo com o procurador-chefe do MPT-ES, Estanislau Tallon Bozi, o governo foi acionado nesta tarde e se dispôs a participar do encontro. A procuradoria espera que na próxima quinta-feira a pauta de reivindicações seja avaliada.
“As partes vão fazer concessões recíprocas, assim esperamos, para que tenha fim esse movimento e retorne a negociação até chegar a conciliação final que agrade a todos”, falou.
Participam da reunião as representantes das mulheres, acompanhadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT); o secretário de Direitos Humanos, Júlio Pompeu; o secretário da Fazenda, Paulo Roberto Ferreira; o presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Mário Ribeiro Cantarino; membros da Defensoria Pública; e procuradores do MPT-ES.
Reunião com as mulheres
Segundo uma das representantes das mulheres, uma reunião de aproximadamente três horas foi realizada apenas entre elas o o Ministério Público do Trabalho nesta tarde.
“O MPT vai nos ajudar. Acho que agora a gente vai chegar a um consenso, sim. Não vamos adiantar o que foi conversado, mas é interessante para nós”, disse.
fonte:g1/es