Política em um minuto – 26/11/2021
O empresário Thiago Nossa, 31 anos, foi assassinado na manhã de quinta-feira, do dia 11 de novembro, no escritório onde funcionava a sede administrativa da empresa JM em Guarapari (ES). Durante a fuga, os assassinos deixaram cair um celular que foi apreendido pela polícia. Inicialmente pensava-se que o aparelho seria de um dos assassinos do empresário, mas a polícia identificou o celular como propriedade de Thiago.
Conteúdo do celular comprova prática de crimes
Na memória do aparelho de celular do empresário Thiago Nossa estão gravações de conversas que podem contribuir com a investigação. Uma fonte informou que o material foi solicitado pelo Ministério Público (MPES) que a partir de agora vai colaborar com as investigações. Depois que for periciado, o conteúdo do celular pode ser peça importante na solução desse crime e de outros em que o empresário é investigado. “Precisa ser respeitada a dor da família e dos amigos, mas os assassinos precisam ser presos. É com o intuito de impedir que esse caso caia no esquecimento que esses áudios precisam ser divulgados”, justificou a fonte quando entregou a nossa equipe cópias das conversas que Thiago teve com autoridades públicas e empresários do município. Até o momento ninguém foi preso ou acusado pelo assassinato de Thiago.
Áudios em posse do MP
O material encontrado no celular de Thiago foi entregue ao MP junto com o aparelho. Para não atrapalhar as investigações, a assessoria jurídica do Realidade Capixaba orientou que fossem cobertas as vozes das pessoas gravadas conversando com Thiago. Outra orientação foi não modificar a minutagem dos áudios. Por isso, as vozes de todos que aparecem nos áudios conversando com Thiago foram cobertas, mas o tempo exato do diálogo foi mantido.
Os áudios
Os áudios foram identificados por nossa equipe por números e vamos divulgá-los a medida que as informações contidas neles forem comprovadas.
Áudio 01
No áudio identificado como 01 o empresário Thiago Nossa admite que uma obra que realiza para a prefeitura é irregular e sem “planilha” de controle. No mesmo áudio o empresário descreve os serviços que são executados sem contrato. Questionado sobre como iria receber pela obra, Thiago responde em tom de deboche: “sou caridoso”.
“Para atender o Todo Poderoso”
Em outro trecho Thiago diz que a obra é executada dessa forma para atender o “Todo Poderoso”. Esse é o codinome que Thiago usa para identificar o prefeito de Guarapari Edson Magalhães. Em 11 de junho, o Realidade Capixaba já tinha denunciado que empresários realizavam obras no município sem planilha e sem contrato: Em Guarapari, empresa “estica asfalto” para agradar…
Áudio 01