Política em um minuto – 29/12/2020
Na tarde de ontem, segunda-feira, 28/12, um grupo representativo de empresários e comerciantes se reuniu para decidir o que fazer se Guarapari tiver lockdown (bloqueio total). Uma fonte que estava na reunião disse que o clima foi de tensão e que várias ações foram debatidas. “Tem um grupo que quer fechar a ponte para chamar atenção do governo do Estado e outro que quer organizar uma passeata até a porta da prefeitura. Todos estão muito nervosos e as propostas são as mais diversas. Vídeos que mostram a reação de comerciantes em Porto Seguro e Juiz de Fora circulam pela cidade e inflamam os mais radicais”, contou.
A cidade de Guarapari já está cheia de turistas que vieram de várias partes do país e o risco da pandemia alcançar números exorbitantes no município é real. “O problema é que a população não ajuda. Se todos respeitassem as normas de segurança, o governo do Estado não precisaria ser tão rigoroso. Não adianta querer culpar o prefeito ou o governador se a população se comporta de maneira irresponsável”. Completou.
Vão fechar a ponte ou não?
A decisão do grupo foi de respeitar as recomendações da Secretaria de Saúde. “Entendemos que o momento é grave e decidimos colaborar, mas se decidirem pelo Lockdown vamos fazer nova reunião para debater possíveis ações”, disse um comerciante que participa de um grupo de WhatsApp criado para debater sobre o assunto.
Que horas o comércio fecha?
Em uma volta pela cidade na noite de segunda-feira, 28/12, constatamos que bares e restaurantes estão funcionando em horário normal, mas que o rigor aumentou. “Decidimos na reunião que vamos exigir máscaras, disponibilizar álcool e tentar controlar o distanciamento. Mas, não depende do comércio. Precisamos de campanhas educativas e fiscalização para orientar as pessoas. Não adianta fechar bares e restaurantes. As pessoas vão continuar nas ruas”, desabafou.
Clima quente
A expectativa é grande para o comércio em relação a virada do ano. “Se ficarmos abertos vamos conseguir diminuir o prejuízo desse ano atípico e garantir receita para o município e manter empregos, mas se tivermos que fechar teremos demissão em massa. Não vamos conseguir ‘sobreviver’ de portas fechadas”, completou nossa fonte.