O Projeto de Lei n°56/2019, de autoria do deputado Lorenzo Pazolini (PRP) que dispõe sobre a regulamentação da prática do “Esporte Eletrônico” dentro do Estado do Espírito Santo, será analisada pelas comissões de Justiça, Desporto, Ciência e Tecnologia e Finanças da Assembleia Legislativa (Ales).
O deputado defende que a modalidade é reconhecida mundialmente e vem crescendo com “um faturamento anual mais elevado do que as indústrias do cinema e da música em conjunto”, afirmou Pazolini. O deputado ressalta ainda que no Brasil já existiriam mais de 100 eventos sobre o esporte movimentando R$ 1 bilhão anual.
A matéria define como esporte eletrônico o evento destinado à competição entre duas ou mais pessoas, por meio de jogos de computador, smartphones, consoles de videogame ou outro dispositivo eletrônico, que ocorra individualmente ou em grupo, em rede online ou off-line, com finalidade de premiar, educar ou auxiliar o desenvolvimento de crianças, adolescentes ou adultos. A promoção da cidadania e da prática esportiva baseada no respeito, o desenvolvimento e evolução do raciocínio, capacidade intelectual e habilidade motora, e o combate ao ódio e à discriminação racial, étnica, religiosa, de gênero e de credos, seriam alguns dos principais objetivos do esporte eletrônico segundo o texto em discussão na Casa.
O projeto permite cobrança de valores para a inscrição nesse tipo de evento, mas veda qualquer tipo de aposta, em qualquer fase da competição, exceto premiações pré-determinadas, e coloca ainda a possibilidade de livre associação de pessoas e de participação de Pessoas Jurídicas que queiram divulgar, fomentar, instituir ou colaborar com a prática. O praticante passaria a ser considerado atleta para todos os fins.
Para Arthur Correa, (17) que é natural de Vila Velha e semifinalista Fifa Continental Cup 2018 Brasil e compete profissionalmente há um ano e meio, a iniciativa do deputado é importante. “Eu vejo com bons olhos esse investimento no ES. Hoje podemos contar com uma internet que possibilita aos jogadores alcançar seus objetivos. E o mais importante disso tudo é o apoio dos pais. Principalmente na questão financeira, aonde você precisa de um certo tempo pra começar a viver disso, nesse momento os pais e amigos são fundamentais”, disse o jogador.
Arthur ainda conta que sempre foi apaixonado por games e percebeu que o mercado estava crescendo, por isso, o que era hobby virou trabalho. “Fui conquistando títulos, ganhando contra jogadores que já faziam parte do cenário, e assim reconhecimento de todos. Infelizmente o Espírito Santo ficou para trás nessa questão de jogos eletrônicos. Temos excelentes jogadores, mas ficamos impossibilitados por conta de internet e servidor. Isso faz com que a maioria dos players acabem se destacando em São Paulo, onde se encontram os servidores. Mas o ES vem crescendo muito. Hoje temos o campeonato capixaba de Fifa que conta com uma premiação de R$2,000 mil e torneios presenciais, fora torneios online pelo Brasil todo”, finalizou Arthur.