Política em um minuto – 13/01/2023
Opinião
Antes da pandemia da Covid-19 ninguém sabia “quem” era o Bandes. Ninguém não: grandes empresários sabiam. Até 2020, o Bandes passava uma imagem de “servir” a uma elite e alguns poucos privilegiados que conseguiam cumprir os requisitos e se beneficiar com uma ou outra linha de crédito. Antes de 2020, se o Bandes fechasse as portas, quem iria sentir falta? Funcionários e o mercado financeiro. Antes de 2020, o fechamento do Bandes seria notícia importante no caderno de Economia e talvez, uma ou outra nota nas colunas sociais. Antes de 2020, o Bandes não faria falta para grande parte população porque nunca atendeu suas necessidades. Mas, aí chegou a pandemia…
Bandes bate recorde durante a pandemia
Com a pandemia da Covid-19, o mercado precisou se reinventar. Não só o mercado, todos precisaram ser reinventar. Principalmente o comércio. Com as lojas físicas fechadas durante parte significativa do tempo, empreendedores capixabas precisaram descobrir uma forma de continuar faturando em meio à crise. Antes de 2020, o Bandes não representava nada para 99,9999% da população. Mas foi na crise, durante a pandemia, que o Bandes percebeu a oportunidade de se reinventar e se aproximar da população. Foi em 2021, que o Bandes “olhou” para os capixabas – pequenos e médios empreendedores – e disse: “prazer, eu sou o Bandes, em que posso ajudar?”
Hoje os capixabas sabem “quem” é o Bandes
Volte no tempo – antes da pandemia – e pergunte ao capixaba “quem” é o Bandes e para que serve o Bandes? Tenho certeza que depois de 2020, o número de empreendedores capaz de responder corretamente essa pergunta subiu consideravelmente.
Na crise uma oportunidade
É justamente nos momentos de crise que um empreendedor mostra seu valor. É justamente na hora em que os concorrentes só enxergam a crise que o empreendedor enxerga uma oportunidade. Na crise a grande maioria se esconde. E foi justamente nesse momento, com acertos e erros que o governador Renato Casagrande assumiu para si o papel de liderar o estado.
Em outros estados, os governadores preferiram passar o protagonismo para os secretários de Saúde e evitar assim a rejeição com os atos impopulares, mas – acertando ou errando – Casagrande puxou para si a responsabilidade de liderar o estado durante a pandemia e foi justamente nesse período que 99,9999% dos empreendedores do estado conheceram o Bandes.
“Quem é o Bandes?”
O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo superou metas e atingiu números expressivos. Um banco que saiu do gabinete e foi para as ruas. Um banco que conversou com o capixaba e desenvolveu linhas de créditos na medida certa para cada tipo de empreendedor. Quem é o Bandes nós já sabemos, agora é reconhecer que um dos maiores acertos do governador Renato Casagrande foi apostar em um empreendedor para liderar um “novo” Bandes.
Munir Abud, esse é o nome que fica na história do banco como um empreendedor que percebeu que o Bandes poderia mais.
