sábado, 21 de dezembro de 2024 / 13:33
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A inteligência artificial já está tirando seu emprego – e isso é só o começo 

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Estudo expõe o impacto de ferramentas como o ChatGPT na substituição de freelancers e na rápida transformação do mercado de trabalho. 

Por Flávia Fernandes 

A partir do dia 13 de janeiro, assumo, no portal Realidade Capixaba, uma coluna semanal sobre inteligência artificial (IA). Neste espaço, vou explorar os impactos dessa tecnologia no nosso cotidiano, abordando avanços, desafios éticos e mudanças sociais. Com formação em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e especialização em Inteligência Artificial pela PUC-Minas e Faculdade Exame, dedico minha carreira a investigar as interseções entre inovação, educação e sociedade. 

Minha estreia no portal traz uma reflexão urgente: o impacto da IA no mercado de trabalho deixou de ser uma previsão futurista para se tornar realidade. Um estudo recente, conduzido por instituições como Harvard e o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, revelou que a demanda por serviços autônomos caiu 21% desde o surgimento de ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT. O que antes parecia um risco distante agora compromete a renda de milhões de freelancers, mostrando a rapidez com que a automação altera o mercado. 

O ChatGPT, lançado em novembro de 2022, alcançou 100 milhões de usuários em tempo recorde. Sua popularização acelerou a substituição de empregos em áreas como redação, design gráfico e programação, com ferramentas que produzem textos, imagens e códigos com eficiência e custo reduzido. No caso de freelancers, a concorrência com a IA trouxe quedas significativas de demanda: 21% em redação e 17% em design gráfico, de acordo com o estudo. 

Essa transformação vai além da substituição de funções. As ferramentas de IA geram ganhos de produtividade e destacam a urgência de requalificar a força de trabalho. Funções que demandam criatividade, inteligência emocional e pensamento estratégico continuam relevantes, mas exigem que os profissionais se adaptem rapidamente ao uso da tecnologia. A divisão entre trabalhadores qualificados e não qualificados pode se aprofundar, aumentando desigualdades sociais. 

Apesar dos desafios, a IA também abre portas. Novas funções e mercados estão surgindo para aqueles que abraçam essa transformação. Para cidades como a nossa, onde o mercado informal e autônomo têm grande peso, a disrupção tecnológica exige um olhar atento para políticas públicas que promovam inclusão digital e educação tecnológica. A adaptação será a chave para sobreviver em um mercado onde máquinas e humanos trabalham lado a lado. 

Este espaço no Realidade Capixaba será um convite para debatermos juntos os impactos da IA e como podemos nos preparar para as mudanças que ela traz. Conto com você, a partir do dia 13 de janeiro, para construirmos esta reflexão coletiva. Afinal, o futuro da inteligência artificial é um tema que interessa a todos nós. 

SOBRE A AUTORA 

Flávia Fernandes é jornalista formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), professora de língua inglesa e especialista em inteligência artificial pela PUC Minas e Faculdade Exame. Apaixonada por educação e inovação, investiga as conexões entre tecnologia, sociedade e o cotidiano. 

@flaviaconteudo

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