As eleições de 2018 têm que se constituir no pleito da reparação ao golpe de 2016 e ao golpismo aos direitos dos trabalhadores (reforma trabalhista), da juventude e do idoso (lei do congelamento), e sobretudo à corrupção ao Estado de direito, à democracia e ao patrimônio nacional.
No bojo desse aniquilamento, a luta de classes assumiu o antagonismo de caráter fascista, provocado pela extrema direita, com riscos virtuais de uma guerra civil, caso continue a insanidade da tirania togada, sob o comando da rede Globo e da pregação do candidato belicoso, saído da caixa de pregação do ódio dos Marinhos e egresso da ditadura militar.
São vítimas-símbolos do golpe de 2016 e do Estado policial vigente, bem como da misoginia, a presidenta Dilma Rousseff, Dona Marisa Letícia, companheira militante do preso político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Marielle – lutadora síntese da luta de classes, por elas e por tudo, devemos batalhar para que estas eleições sejam as eleições do empoderamento, pela esquerda, das mulheres na política.
Dilma Rousseff retornará como senadora da República pelo estado de Minas Gerais; Marielle estará viva na luta de várias guerreiras do povo, como Manuela, Márcia Tiburi, Dona Marisa Letícia continuará inspirando e fortalecendo Lula no cárcere e no próximo governo. Reparem que o quadro de mulheres ao Senado é promissor, estão à frente nas pesquisas: Amazonas: Vanessa Grazziotin (PC do B ); Amapá: Janete Capiberibe (PSB); Ceará: Anna Karina Cavalcante de Oliveira (PSOL); Goiás: Gelis Sanches (PT); Mato Grosso: Maria Lúcia Cavalli (PC do B ); Pará: Úrsula Vidal (PSOL); Pernambuco: Eugênia Lima (PSOL) ; Paraná: Miriam Gonçalves (PT); RGN: Telma Gurgel (PSOL); Rondônia: Fátima Cleide (PT); Roraima: Ângela Portela (PDT) e Telma Taurepang (PCB); RGS: Abigail Pereira (PC do B ); Santa Catarina: Idelli Salvatti (PT), Sergipe: Sônia Meire (PSOL).
No ES temos como lutadoras ao golpismo a Jackeline, candidata a governadora pelo PT, e para o Senado a Célia do PT e Liu Katrini do PSOL.
O PT do ES ao não lançar dois candidatos ao Senado, deixou seus militantes sem orientação; errou, por um lado, porque, podendo, não ofereceu aos eleitores capixabas, por exemplo, um candidato de militância no movimento social do campo (MST, Via Campesina, MPA), por outro, possibilitou uma unidade, na prática, com o PSOL, pois, o que deve estar fora de cogitação e aceitação é eleitor petista votar em qualquer candidato ao Senado que tenha apoiado o Golpe, como os malignos Ricardo Ferraço e Magno Malta, entre outros.
As mulheres já não constituem a minoria de outrora, hodiernamente são a maioria da população brasileira, e devem objetivar ultrapassar nestas eleições a luta identitária em si, para alcançar o patamar do empoderamento político pela classe dos oprimidos e explorados do sistema vigente.
A minha contribuição nestas eleições será prioritariamente no sentido do empoderamento das mulheres na política, tornando o substantivo feminino em adjetivo qualificativo.
advogado e administrador, é coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça e da Frente Brasil Popular
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