Coluna de Opinião
Ricardo Rios
Não é novidade para ninguém que Edson Magalhães está em busca de um sucessor para concorrer nas próximas eleições com as suas bênçãos. Uma tarefa que em 2012 foi fácil, agora é a mais difícil para o chefe do executivo da Cidade Saúde. Primeiro ele precisa encontrar o caminho onde está seu possível sucessor e segundo, ele precisará convencer o seu escolhido de que o seu apoio superará a rejeição que virá conjuntamente.
O primeiro caminho foi em direção ao empresariado. Iniciou por Carlinhos da Grande Rio, que agradeceu o convite e dispensou gentilmente. Já o outro convidado, o mega empresário Rodolfo Mai, também disse não, porém, o que se comenta nos bastidores, é que Rodolfo Mai dispensará o apoio de Edson, caso seja mesmo candidato.
No caminho da política, Magalhães tinha importantes aliados, como Wendel Lima, Kamila Rocha e Zé Preto, mas, depois das últimas eleições as relações se estremeceram com rompimento da aliança, tornando-se difícil o apoio. Vale dizer que para Wendel esse rompimento foi tardio, já que nas últimas três eleições esta aliança lhe prejudicou.
Já o deputado Zé Preto, aliado de primeira de Magalhães enquanto vereador, pode aceitar o apoio do prefeito, pois, parte de sua assessoria entende que com o capital político do deputado mais o apoio do prefeito, a eleição estaria garantida.
Ao seu redor há nomes como o da supersecretária Sônia Meriguete e o de Norma Ayub, que também agradeceram, mas, recusaram. Segundo aliados do prefeito, o nome do Gedson Marizio aparece nas conversas internas, porém, há receio dos dois lados, Edson que não quer alguém indomável e Gedson, que pondera de todos os lados.
Sem saída Magalhães se volta à sua secretária de Finanças, Aline Dias Silva, filha do vice-prefeito Leozildo. A secretária é de alta confiança de Magalhães, portanto, talvez, ela tenha dificuldade em dizer não à disputa, já que segue como a única alternativa do grupo.
Essa dificuldade se mostra por que hoje todos já sabem como é o modo Edson Magalhães de ser, o que faz a recusa ser ainda maior, já que o próximo prefeito pode querer tudo, menos o ex-prefeito por perto interferindo na gestão.
Ainda que Edson se ofereça para indicar o vice de alguém numa candidatura consolidada, dificilmente será aceito, já que numa possível conquista, ele achará que a vitória se deu por razão única e exclusiva dele e, além disso, ter Edson na vice (ainda que por indicação), é pedir para dormir sobressaltado.
Edson é conhecido como o prefeito dos muitos caminhos pavimentados e asfaltados, todavia, seja pela alta rejeição que seu nome alcança, seja pela indisposição dos possíveis candidatos que recusam seu apoio, seja pela sua própria falha em formar grupo político, mesmo estando a 16 anos no poder (incluso o período de Orly), o caminho da política não foi devidamente pavimentado e onde foi asfaltado, o asfalto se desfez.
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