A piora do cenário macroeconômico e a manutenção da taxa de juros em patamares elevados têm levado as mulheres a manter o foco na renda fixa em seus investimentos. Segundo levantamento realizado pelo Santander Brasil com investidoras (dos segmentos Especial, Van Gogh e Select), em janeiro do ano passado, 49,36% do total alocado por elas estava na renda fixa. Em janeiro deste ano o patamar é de 51,55%. Esses percentuais levam em consideração as aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), títulos públicos e poupança.
Um dado que chama a atenção é que, embora estejam mais conservadoras, as mulheres se arriscam mais em outras opções dentro da renda fixa: aumentaram o percentual alocado em LCIs e LCAs de 7,67% para 8,17% em 12 meses. Quando o assunto é previdência privada, as mulheres planejam mais o futuro, com 28,5% aplicados na categoria, contra 24,51% dos homens. Em 2022, estes percentuais eram de 27,58% e 24,07%, respectivamente. A participação dos fundos de investimentos no portfólio das mulheres caiu de 17,92% em janeiro de 2022 para 14,62% em janeiro deste ano, e de 19,18% para 17,15%, no caso dos homens.
“As mulheres estão aproveitando o bom momento da renda fixa, dado a taxa de juros de 13,75% ao ano, mas a medida em que os juros baixem e a educação financeira se amplie, a tendência é que a concentração nessa categoria de espaço para diversificação, buscando uma equação eficiente de risco retorno”, afirma Luciane Effting, Executiva de Investimentos do Santander.
Mesmo que o levantamento mostre uma parcela menor em outros produtos, ainda assim homens e mulheres diversificam seu portfólio em outros investimentos. É o caso do Certificado de Operações Estruturadas (COEs), aplicação que as mulheres aumentaram de 2,03% para 2,89% de um ano para outro, enquanto os homens subiram de 2,12% para 3,09% a parcela neste produto do total da sua carteira.
Fonte: Assessoria