O Projeto de Lei n°76/2021, de autoria do deputado Bruno Lamas (PSB) e tem como objetivo instituir a Semana de Conscientização sobre a Dislexia foi aprovada na Assembleia Legislativa (Ales) na última terça (28). O PL segue para sanção ou veto do Governador Casagrande.
“A dislexia atrapalha a leitura e o aprendizado. E muitas pessoas precisam de apoio, tratamento e acolhimento. Esses temas sensíveis, como o autismo, o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) e a própria dislexia, precisam estar na pauta da saúde, da assistência social e da cidadania a todo momento”, declarou o deputado.
De acordo com Bruno, a instituição da Semana Estadual de Conscientização sobre Dislexia vem em boa hora, tendo em vista a necessidade de construir uma grande rede protetiva e de esclarecimento acerca do assunto, com amplo apoio e participação de todos os setores da sociedade.
“Quando pensamos numa semana para debater o assunto, queremos dar intensidade ao debate, com a apresentação de estudos e seminários. A ideia é fomentar políticas públicas que possam melhorar a vida de quem tem dislexia ou de quem é pai, mãe ou familiar do disléxico”, frisou o parlamentar.
A Semana de Conscientização sobre a Dislexia, deve ser comemorada, anualmente, no dia 8 do mês de outubro, considerado, mundialmente, o Dia Internacional sobre o tema.
MÃES
O assunto chegou até o deputado por meio de um grupo de mães, encabeçado por Sônia Damasceno e Mariana Fernandes. Elas propõem a criação de uma associação estadual para divulgar os transtornos, buscar políticas públicas e melhorar o desenvolvimento no dia a dia, tanto no âmbito escolar como na rede de saúde, das crianças e adolescentes que passam por esses distúrbios.
Segundo Sônia Damasceno, mãe do Davi, de 5 anos, há associação entre TDAH, TOD e dislexia, o que requer uma atenção especial por parte do poder público. Ela revela que hoje pais e familiares de pessoas diagnosticadas com os transtornos recebem o laudo médico e ficam à mercê da própria sorte.
“Queremos divulgar essas síndromes para que professores, pedagogos e a comunidade em geral possam dar atendimento adequado a essas crianças. O direito à educação e à saúde é básico na Constituição. É preciso conhecer o que são esses transtornos psíquicos para podermos dar melhores condições de vida a essas crianças. Elas não são burras e atrasadas. Mas precisam de uma educação diferenciada”, reforça Sônia.